Máscara por máscara, tiramos umapor uma todas as nossas capas. Não conseguimos mais manter o jogo das aparências, e fomos guiados sim para isso. Fomos guiados, conscientemente ou não, a liberar tudo que não era verdadeiro, tudo que não vibrava à altura do Renascimento a caminho.
Isso ao nivel individual, pessoal, o vimos transformar as nossas vidas, as nossas relações, as nossas estruturas todas. Mas olha bem, o que existe dentro existe fora, da mesma forma que o que existe acima existe abaixo - e vice versa. Sempre foi e sempre será assim. Nossas experiências, individuais como coletivas, são apenas o reflexo de espelho do nosso interior, dos nossos medos mais profundos.
O medo é a última capa do ego. O medo é o último soldado, o último a ficar em pé.Ele faz parte do caminho de iniciação : ele é o Guardião, quando chegamos a vencer já todas as outras ilusões, que alcançamos clareza, humildade, perdão e Amor, que avançamos até uma Consciencia maior... ele é quem sobra. Em cada tradição espiritual, cada viagem, cada initiação, os nossos demônios nos estão esperando no final da trilha.
Mas como as outras máscaras que vencimos, o medo é apenas uma crença, uma ilusão a mais. Ele desvanescerá, e não terá mais nada para nos separar da felicidade encontrada na Unidade que nos é prometida.
Nos, coletivamente, precisamos passar por esse Guardião. Ele existe apenas para nos permitir desmantelar, limpar e depurar todas as estruturas antiguas. Elas vão cair, elas vão desvanescer, à medida que nos liberaremos da ilusão. O presente terá valido a pena passar por essa fase, pois ela é muito necessária. Há de enfentar o nossos medos, é o único caminho. É inútil fingir que não existe.
Porque soamente situações de medo nos permitem conhecer o nosso valor verdadeiro.
É só graças a ele nos provocando que descubrimos a nossa coragem, e que podemos conhecer a nossa verdareira Força.
Uma vez vencido o medo, o terreno estará verdadeiramente limpo, novo, pronto para que possamos construir acima o mundo de amanhã. Será transparente, será união. Mas por enquanto, ele precisa desse caos.
Samhain, tempo de morte e de transmutação
Samhain, que chamamos de Halloween, é meu Sabbat ou minha festa preferida. Primeiro porque nesse dia se costuma celebrar a ancestral magia das bruxas. Segundo porque me conecta ao nivel da Alma com algo celta que dorme em mim desde sempre.
Enfim, porque o Samhain é um portal muito poderoso. Além de ser um portal entre o mundo dos vivos e o mondo dos espíritos (portal espaço), é um portal entre o passado e o futuro (portal tempo). É um tempo para fechar ciclos, para deixar atrás o que for preciso ficar lá. É um tempo para celebrar a Morte necessária para que a Vida se renove. Então é um tempo de aceitação : aceitação da impermanência inherente à propria Vida.
Vênus, Urano, os Nós Norte e Sul : todos chegam juntos no grau 0. A Lua estará no grau 0 hoje à noite, fazendo uma conjunção com o Nó Norte...
Nem tivemos o tempo de repará-lo : as coisas já se transformaram. As vezes - muitas vezes - nosso reflexo é resistir a essa mudança, é recusar ou negar que essa transformação possa ser boa para nos, possa ser necessária. Aí tentamos lutar contra a corrente, em vão. Tentamos manter o que era, porque temos medo do desconhecido. Medo do que é para vir.
Durante o Samhain, nossos ancestrais encendiam fogueiras. Usavam o poder de transmutação do elemento fogo para jogar nele tudo que mantenia eles preso ao passado. Eram fogueiras de renascimento, fogueiras sagradas, fogueiras de alegria. Celebravam o fim do verão e a vinda do inverno. Nessa época, não choravam o que tinham perdido : o celebravam. O honravam, com sabedoria.
Então podiam dar as bemvindas ao novo ano.
Happy death and rebirth. Embody your Light with no fear. Embrace the flow. Give up your resistances. Let go of control. Surrender to the process. Step in the Dance.
...
Happy death and rebirth.
Astrologie-de-l'Âme
Comments